Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo…
Quando se vê, já é 6ª-feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
seguia sempre, sempre em frente…
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
( Mario Quintana )
(Poema publicado originalmente no livro Esconderijos do Tempo, conferido e digitado por mim mesmo de Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 479)
Resolvemos republicar esse poema, pois há diversas versões dele alteradas e com falsas autorias se espalhando na internet. Se puderem, compartilhem a versão correta.
23 respostas
Você tem alguma informação de porque o nome é Seiscentos e Sessenta e Seis?
Não…
Porque o poema contempla o número seis em três situações: 6 horas; 6ª feira; e 60 anos. Ou seja, 666.
Correto, isso mesmo!
Adorei seu trabalho! As vezes eu fico perdida com essas autorias. Pesquiso e chego em 3 autores diferentes para o mesmo poema ou citação. Vou usar seu blog como referencia… Obrigada!
Sim, tem mais falsas autorias do que textos corretos circulando por aí. Espero que cada vez mais gente confira em livros e deixe a referência bibliográfica ao compartilhar.
Espaço maravilhoso!
Gosto das suas publicações, porque posso confiar. Já me cadastrei.
Amei este poema!!!!
Esse poema aparece como “O Tempo”em outros sites. É o mesmo? Há também mais 3 versos, diferente desse que termina com …”iria jogando pelo caminho…”
Tudo errado em outros sites. Poema publicado originalmente no livro Esconderijos do Tempo, conferido e digitado por mim mesmo de Poesia Completa – Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005, p. 479.
Obrigado. Para contribuir acesse: https://recorrente.benfeitoria.com/amagiadapoesia
adorei mesmo
Prezado Fabio Rocha, sou gaúcha e amo de paixão a obra de Mário Quintana, sou muito fã e estudo há tempos sobre ele, esse poema é o meu favorito, está bem correto como você mesmo pequisou do livro, porém, conserte um equívoco seu aí em uma informação Mario de Miranda Quintana nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo (jornal estadual em circulação até hoje no estado).
Por favor não leve a mal, mas é sempre bom a gente passar informações corretas nos sites né?
Parabéns é muito legal a sua página.
Parabéns. Enfim um site confiável de citações.
Fábio, parabéns! uma das versões falsas desse poema foi divulgada pelo saudoso Abujamra em seu programa PROVOCAÇÕES. Tenho uma pág. no Face onde publico vídeos poesias. Este site me será muito útil. Abraços!
A efemeridade da vida! Mário Quintana nos lembra isso!
Obrigado por isso. Mário Quintana merece todo o nosso respeito, acho absurdo alterar a obra dele como a maioria dos sites fazem.
Pois é, eu também. Obrigado pela visita e pelo apoio!
Parabéns a divulgação desse poema deve ser cada vez mais fomentada.
Importantíssimo manter a originalidade e evitar distorções.
Parabéns.
Gratidão, Caio!